AEISAgronomia – Técnico
Estádio Universitário de Lisboa 28 de Maio de 2008
É verdade meus irmãos, passados 8 anos revalidámos o título de campeões universitários na modalidade de rugby de 15, batemos a equipa do Técnico por 20-12.
Foi no passado dia 28 de Maio pelas 18h, no Estádio Universitário de Lisboa que se realizou a tão esperada final universitária de rugby de 15. Antes de começar a crónica deste jogo, é de realçar que na segunda-feira anterior a nossa equipa jogou a meia final contra um imponente curro de novilhos da Academia Militar, tendo a nossa equipa jogado com apenas 13 jogadores devido a várias lesões, ou então, porque o coração não aguenta. Sermos largados a uma equipa de cães açaimados só com 13 jogadores não é para todos. Enfim, foi um jogo bastante duro, do qual nos batemos como verdadeiros guerreiros, foi uma mais do que merecida vitória, que deu o apuramento para jogar a final contra o Técnico.
Falando do grande jogo de quarta-feira, o nervosismo era muito, e tínhamos razões para isso, o último título conquistado por esta faculdade tinha sido há 8 anos, e também pelo facto que já muitos jogadores durante esse tempo tinham ido a 2 finais, e contentaram-se com o 2º lugar.
A nossa equipa alinhou com os seguintes jogadores:
1-Cascais(5)
2-Sevinate
3-Cortes (5)
4-Duarte Corte-Real(C)
5-Vasco
6-Falcao
7-Rocheta
8-Miguel Louro
9-Miguel Fialho
10-Francisco Leitão(3+2)
11-Ezequiel
12-João Santos
13-José Diogo
14-António Tirapicos
15- Fernando Santos Costa(5)
16-Diogo Brito Pães
17-Pedro Castelo
18-Francisco Calejo Pires
Treinador - Manuel Leitão
Preparador Físico - António Grave Jesus
Águas - Tetrás
Roupeiro - Guilherme “Paulinho” Santos
Líder da claque “ULTRAS AGRO” - Filipe Mendes
Em relação ao jogo, a nossa equipa entrou em campo muito concentrada, e a impor logo de início um ritmo bastante acelerado. Foi logo nos primeiros 10 minutos que a Agronomia se adiantou no marcador, através de um pontapé de ressalto por parte do nosso abertura e playmaker, esse “Huddini” dos relvados, Francisco Leitão. Ainda não tinham passado 5 minutos, e após uma jogada de insistência por parte dos avançados, já muito perto da linha de ensaio, o pilar cascais faz um pick, e ao correr cerca de 15 metros marca o primeiro ensaio do jogo. Verdade seja dita, quando aquela criança agarra na bola, e começa a correr sozinho junto á linha lateral, tanto a equipa como a nossa plateia leva as mãos á cabeça, e como que num coro entoa: “ qué que aquela doida tá a fazer????”. A verdade, é que o homem esteve muitíssimo bem, e foi graças a esta jogada que começou a nossa cavalgada para o título. Em relação ao bonito jogo que a Agronomia estava a praticar acaba aqui, o resto da primeira parte foi basicamente a defender. Devido ao facto de estarmos a jogar contra o forte vento que se fazia sentir, e com uma visão de jogo ao pé muito boa por parte do arrier adversário, fomos recuando no terreno e tivemos que fazer jus á nossa agressividade defensiva. Durante cerca de 15 minutos, assisti a 15 amigos a defender o seu terreno com um espírito de camaradagem e amizade, como nunca tinha visto em 4 anos que jogo nesta equipa. Foi um belíssimo índice para o que iria acontecer na segunda parte.
Jogados os primeiros 30 minutos, e após algumas indicações do Mister Leitão e apoio moral do nosso tão querido “Paulinho”, iniciamos a segunda parte com mais um ensaio. Após vários anos a treinar esta jogada, algum dia a nossa famosa “bymber” teria que dar resultado. Feito…foi na final, através das nossas linhas atrasadas, mais uma vez o nosso “Huddini”, tirou da cartola uma bela combinação com o seu arrier, do qual resultou um bonito ensaio. Transformada a conversão, lá continuamos o jogo, neste momento já se encontrava em campo o veterano Pedro Castelo, mais conhecido por “flecha” lol…..tá bem tá. Começa aqui a vir ao de cima o ponto fraco desta equipa. Como toda a gente sabe, no que toca á copofonia, venha quem vier, ninguém nos bate. Ora bem, claro que isso se iria reflectir em campo, já com 50 minutos de jogo nas pernas a nossa equipa começa a ir a baixo. O Técnico aproveita então por parte do seu rápido defesa Gonçalo Albergaria, para diminuir a vantagem, e pôr o resultado em 15-5. Não se deixando ir a baixo, a Agronomia rapidamente tem mais uma boa jogada através dos seus 3/4s que avança bastante no terreno, e já bem perto da linha de ensaio, os avançados, e muito bem neste jogo capitaneados pelo nº8 Miguel Louro, têm uma jogada de insistência, e através do flanqueador Cortes marca aquele que seria o último ensaio dos agrónomos, elevando o resultado para 20-5.
Uma nota para o pacto avançado da Agronomia, que este irrepreensível no que toca á sua parte do jogo, seja nas touches, rucks ou nas meles, de salientar a 3ª linha que varreu por completo qualquer coisa se lhes mexesse á frente, mais pareciam galgos a correr atrás da lebre…
Numa última jogada por parte do Técnico, já nos 22 metros contrários, numa má defesa por parte do harrier da Agronomia, os engenheiros marcaram mais um ensaio e estabeleceram o resultado final em 20-12, dando a vitória aos agricultores.
Apito final, os jogadores comemoram a merecida vitória, há champanhe e lágrimas á mistura, o nosso querido “Paulinho” é o mais afectado, ele sente este “clube” mais do que ninguém, não fizesse ele parte da mobília. O capitão Corte Real levanta a taça, está estampada a alegria na cara de todos os jogadores, staff técnico e apoiantes da Agronomia. A festa iria começar. Como é normal as televisões presentes no jogo, deslocaram-se ao nosso balneário para dar a conhecer também lá em casa a festa que se fazia sentir. Uma bonita jornalista entra no balneário para tentar um directo com o capitão ou treinador, mas o motivo de reportagem era complicado, dado o facto que todos os jogadores saltavam de alegria entoando o famoso cântico: “campeões, campeões nós somos campeões”, e abrindo garrafas de Don Perigon para cima da esbelta pivô, talvez para lhe fazer salientar as suas bonitas e grandes glândulas mamárias.
Glândulas mamárias - (zool.) – venoso: cavidade que abre na aurícula do coração de alguns vertebrados; o – de Deus: o Paraíso; o de Abraão: o Limbo, (Do lat. Sinu-,<
As comemorações continuaram com toda a família de agricultores num jantar do qual foi ajudado monetariamente pelo famoso Grupo de Forcados Amadores do Instituto Superior de Agronomia, devido ás suas grandiosas prestações pelas maiores e mais importantes praças do país e estrangeiro, de salientar que nesse dia cancelou uma presença na “Plaza México” onde iria pegar a solo um imponente curro de toiros da prestigiada ganadaria torrestrella, visto que 2 dos seus mais importantes forcados se encontravam no estádio universitário, o jogador Miguel “cornaleiro” Louro, e o águas Por “barbeleiro” Tetrás. A refeição foi servida no restaurante “0 Cantinho de Palma” onde fomos muito bem recebidos. Bebemos e comemos até não poder mais, houve penalties, praxes, e entregas de prémios. Seguimos depois para a famosa botica, uma conhecida “boite” em Santos, onde costuma parar a nata e a “glamour” da nossa sociedade, nomeadamente jogadores de futebol de elevado calibre. Diz-se que foi neste sítio que Cristiano Ronaldo viu pela primeira vez Nereida a servir á mesa, e se apaixonou de imediato por ela. Os mais valente acabaram a noite no BBC já num estado de alcoolémia elevada, e como já é hábito, como ninguém sacou, esteve quase para se dar uma sessãozinha de empurrões, não tendo acontecendo nada de especial. Sim, porque nós como jogadores de rugby, ao contrário dos futebolistas, somos conhecidos por cavalheiros que praticam um jogo de arruaceiros.
Foi sem dúvida um dia para mais tarde recordar e contar aos nossos netos, um grupo de amigos que se juntou mais uma vez naquele dia 28 de Maio de 2008, e levou para casa um título, que durante 8 anos nos andou a escorregar pelas mãos, e que naquele dia foi por nós merecidamente reclamado.
PS: A todos os jogadores que estiveram no activo durante este ano, os que jogaram esta final e os que por infelicidade devido a lesões, ou falta de coração, não puderam dar uma perninha neste jogo, os que durante estes últimos 8 anos suaram e jogaram com a camisola de Rugby da AEISAgronomia, todos eles são merecidamente CAMPEÕES. Também a todas as pessoas que vieram assistir e apoiar a nossa equipa neste jogo e durante toda a época, um especial obrigado por toda a força que nos foi dado, a vitória também é vossa. Da minha parte resta agradecer ao nosso querido e insubstituível “Paulinho” mais conhecido por Gui, pelo seu voto de confiança ao me dar 3 crónicas para pôr no nosso blogue, e fazer um apelo especial á nossa equipa, para o ano há mais e, mais difícil que ser CAMPEÃO é revalidar o título.
Um forte Abraço do Vosso amigo
Fernando Santos Costa
A nossa vitória foi também reconhecida em vários sites:
http://www.fpr.pt/noticias/noticia.asp?opm=5&id=6964&id2=5
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=8825753391154317656&postID=8700796315326939312&isPopup=true
http://www.tecnico-rugby.com/index.php