GARRAIADA ACADÉMICA 2008
Local: Campo Pequeno
Data: 30-04-08
Hora: 22:00
Casa: ¾ forte
Ganadaria: várias a concurso (com peso e trapío)
Cartel: João “o Braga”, Miguel “Tintelhão”, António “El Garcia”, J “Caldeirinha”, J “Ganhaito”. Grupo de Forcados Amadores da Lusíada, Grupo de Forcados Amadores da Católica, Grupo de Forcados Amadores do Instituto Superior de Agronomia, Nascidos Para Penar (NPP), Grupo de Forcados Amadores Esc. Superior Egas Moniz, capitaneados respectivamente por: PedroGil (Tita), Jackie Jan, Nando Jorge, Tangerina “o bárbaro” e Tavares.
Estado de alcoolémia: valor acima de 1.5 (crime)
Pois é meus amigos, aqui estou eu mais uma vez a convite do nosso capitão Gui, para fazer mais uma crónica. Desta vez não para vos falar de rugby, mas sim da famosa garraiada académica que já vem sendo tradição de há muitos anos para cá.
O dia começou cedo com o sorteio das reses nos curros do Campo Pequeno, que mais parece um hotel de 5 estrelas para os animais que são lidados naquela Monumental.
Calhou-nos em sorte, aquilo, a que na gíria taurina, se apelida de “rolha”. Nada que me preocupasse, pois sabia que levava comigo um destemido e muito “carregado” grupo de agarradores, do qual tenho uma vasta escolha de forcados da cara, como por exemplo, os famosíssimos Miguel “cornaleiro” Louro e Por “barbeleiro” Tetrás, forcadões que já deram muitas tardes e noites de glória ao nosso prestigiado grupo.
Por volta das 8 da noite o grupo reuniu-se, e desde já, em nome do grupo, os meus agradecimentos ao dono da “mansão”, Francisco Calejo Pires, grande aficionado, antigo forcado, e filho de também antigo forcado do Grupo de Forcados Amadores de Santarém, que alem de nos ter fornecido um salão para a fardação, ainda nos proporcionou uma jantarada com muita gataria e muito álcool á mistura.
Chegado o momento de seleccionar os 12 valentes que iriam enfrentar um búfalo na Monumental do Campo Pequeno, o mais famoso e prestigiado tauródromo nacional, o nervosismo era muito, pois o nosso grupo é composto por muitos elementos, mas só nos foi permitido fardar um reduzido número de forcados. Foram eles:
- Fernando Santos Costa ( Nando)
- Manuel Sevinate (Canha)
- Pedro Castelo ( Gémeo)
- Guilherme Martins (Gui)
- Calhau
- Duarte Corte-Real ( cernelheiro de serviço)
- António Tirapicos ( Tira-me os picos )
- Miguel Louro ( cornaleiro)
- Por Detrás ( Barbaleiro)
- Manuel Ezequiel
- João Grave ( Gravulha Júnior)
- Manuel Guerreiro ( Viana)
Soa o toque vindo da corneta do “inteligente”, os grupos de forcados entram em praça para as cortesias alinhados por ordem de cartel. Não digo por ordem de antiguidade porque se fosse por esse motivo o nosso grupo tem mais de 50 anos e teria mais do que motivos para sair á frente, enfim, burocracias que para aqui não são chamadas, pois este era um dia de festa.
Da garraiada em si, nada vos vou falar, pois no fim da crónica têm uma série de links com vídeos e fotografias, do qual puderão tirar as vossas próprias conclusões. Apenas faço um curto relato em relação ao cavaleiro João “o Braga” que se apresentou no Campo Pequeno com ganas de triunfar. Verdade seja dita, este cavaleiro de St. Estêvão que há mais de um ano andava em despique com João Salgueiro jurou que iria tourear e também pegar a rês que lhe tinha sido calhada em sorte. Dito…feito, após uma lide extraordinária que deixou a Monumental em êxtase, João “o Braga” desafiou sozinho, e a pé o seu oponente, não lhe dando nenhuma chance de fuga, fechou-se com braços de ferro á barbela de tal maneira que ia matando o pobre do bicho. Chegou-se a duas conclusões: primeiro, os dias e horas passados no ginásio sempre servem para alguma coisa, segundo, apesar de não gostar especialmente e ser completamente contra, o movimento animal tinha razão: “homens educados, jamais serão forcados…diziam eles, também não é preciso fazer tanto mal ao animal, não é verdade?
Chegada a hora da actuação do nosso Grupo, o Cabo, e muito bem na minha opinião, escolheu para a cara do mastodonte o forcado Calhau, elemento este, que começa agora a andar para a frente e a querer mostrar serviço, deixando descansar essas 2 glorias, barbeleiro e cornaleiro, pois no fim-de-semana seguinte teríamos 2 corridas de grande importância, Sábado na Real Maestranza em Sevilha, frente a toiros da prestigiada ganadaria Miura, e no Domingo em Las Ventas frente a toiros também da conhecida ganadaria Vitorino Martin pela ocasião da féria de San Isidro.
Queríamos, e era obrigatório obter triunfo nesta garraiada, pois com um grupo deste “calibre” outra coisa não seria de esperar. Optámos então por fazer o “número”. Forcado sozinho na praça, frente a frente com o animal, uma espécie de mano a mano. Calhau citou com galhardia e arte, animou e mandou na investida, e depois recuou como mandam as regras, tocou um pianinho antes da reunião o q deu ainda mais ânimo á pega. Fechado na cara daquele elefante aguentou fortes derrotes mas sem nunca se largar. Um dos dois teria que ceder, Homem versus Cornudo, assim foi, depois de uma enorme batalha o cornudo viria a cair nas areias da Monumental. O grupo como num só, saltou a trincheira e ajuda de forma espectacular, aquela que viria a ser indiscutivelmente a pega da noite. A sorte foi rematada pelo nosso cernelheiro de serviço (Duarte Corte-Real), que neste caso se agarrou ao rabo do cornudo, e rabejou com mestria, como só ele sabe. Foi um sucesso, triunfo absoluto, o Campo Pequeno ia indo a baixo tal era a excitação do público. Como não poderia deixar de ser após enorme feito, começaram a “chover” convites para futuras corridas, do qual o cabo tomou nota, e obviamente viria a escolher as mais importantes, como por exemplo as televisionadas. Seguiram-se também fotografias, autógrafos, reportagens, e no fim, conferencia de imprensa. Terminada a Garraiada era hora de nos desfardarmos, e ir merecidamente festejar e espalhar magia para a gataria de novo na Monumental, pois a festa continuou até altas horas na arena ao som do nosso querido amigo, e membro honorário do Grupo “ Quinzinho de Portugal”: - Quim onde quer que estejas, que mais provavelmente deve ser em digressão, volta depressa para nos contemplares com as tuas famosas sortes de EMrrabejamento que só tu com arte sabes…
Fernando Santos Costa
PS: um agradecimento especial ao Francisco Calejo Pires que nos forneceu a casa e nos deu de jantar, á Anabela, Vítor e Pestana da associação, e especialmente aos 12 elementos que fizeram parte deste grupo, que alem de terem exemplarmente representado a nossa instituição, são fundamentalmente um grupo de amigos para o resto da vida…
Links: http://pedrocardoso.jimdo.com/campo_pequeno_3004.php
http://www.youtube.com/watch?v=nrpNm4ziiRc
Local: Campo Pequeno
Data: 30-04-08
Hora: 22:00
Casa: ¾ forte
Ganadaria: várias a concurso (com peso e trapío)
Cartel: João “o Braga”, Miguel “Tintelhão”, António “El Garcia”, J “Caldeirinha”, J “Ganhaito”. Grupo de Forcados Amadores da Lusíada, Grupo de Forcados Amadores da Católica, Grupo de Forcados Amadores do Instituto Superior de Agronomia, Nascidos Para Penar (NPP), Grupo de Forcados Amadores Esc. Superior Egas Moniz, capitaneados respectivamente por: PedroGil (Tita), Jackie Jan, Nando Jorge, Tangerina “o bárbaro” e Tavares.
Estado de alcoolémia: valor acima de 1.5 (crime)
Pois é meus amigos, aqui estou eu mais uma vez a convite do nosso capitão Gui, para fazer mais uma crónica. Desta vez não para vos falar de rugby, mas sim da famosa garraiada académica que já vem sendo tradição de há muitos anos para cá.
O dia começou cedo com o sorteio das reses nos curros do Campo Pequeno, que mais parece um hotel de 5 estrelas para os animais que são lidados naquela Monumental.
Calhou-nos em sorte, aquilo, a que na gíria taurina, se apelida de “rolha”. Nada que me preocupasse, pois sabia que levava comigo um destemido e muito “carregado” grupo de agarradores, do qual tenho uma vasta escolha de forcados da cara, como por exemplo, os famosíssimos Miguel “cornaleiro” Louro e Por “barbeleiro” Tetrás, forcadões que já deram muitas tardes e noites de glória ao nosso prestigiado grupo.
Por volta das 8 da noite o grupo reuniu-se, e desde já, em nome do grupo, os meus agradecimentos ao dono da “mansão”, Francisco Calejo Pires, grande aficionado, antigo forcado, e filho de também antigo forcado do Grupo de Forcados Amadores de Santarém, que alem de nos ter fornecido um salão para a fardação, ainda nos proporcionou uma jantarada com muita gataria e muito álcool á mistura.
Chegado o momento de seleccionar os 12 valentes que iriam enfrentar um búfalo na Monumental do Campo Pequeno, o mais famoso e prestigiado tauródromo nacional, o nervosismo era muito, pois o nosso grupo é composto por muitos elementos, mas só nos foi permitido fardar um reduzido número de forcados. Foram eles:
- Fernando Santos Costa ( Nando)
- Manuel Sevinate (Canha)
- Pedro Castelo ( Gémeo)
- Guilherme Martins (Gui)
- Calhau
- Duarte Corte-Real ( cernelheiro de serviço)
- António Tirapicos ( Tira-me os picos )
- Miguel Louro ( cornaleiro)
- Por Detrás ( Barbaleiro)
- Manuel Ezequiel
- João Grave ( Gravulha Júnior)
- Manuel Guerreiro ( Viana)
Soa o toque vindo da corneta do “inteligente”, os grupos de forcados entram em praça para as cortesias alinhados por ordem de cartel. Não digo por ordem de antiguidade porque se fosse por esse motivo o nosso grupo tem mais de 50 anos e teria mais do que motivos para sair á frente, enfim, burocracias que para aqui não são chamadas, pois este era um dia de festa.
Da garraiada em si, nada vos vou falar, pois no fim da crónica têm uma série de links com vídeos e fotografias, do qual puderão tirar as vossas próprias conclusões. Apenas faço um curto relato em relação ao cavaleiro João “o Braga” que se apresentou no Campo Pequeno com ganas de triunfar. Verdade seja dita, este cavaleiro de St. Estêvão que há mais de um ano andava em despique com João Salgueiro jurou que iria tourear e também pegar a rês que lhe tinha sido calhada em sorte. Dito…feito, após uma lide extraordinária que deixou a Monumental em êxtase, João “o Braga” desafiou sozinho, e a pé o seu oponente, não lhe dando nenhuma chance de fuga, fechou-se com braços de ferro á barbela de tal maneira que ia matando o pobre do bicho. Chegou-se a duas conclusões: primeiro, os dias e horas passados no ginásio sempre servem para alguma coisa, segundo, apesar de não gostar especialmente e ser completamente contra, o movimento animal tinha razão: “homens educados, jamais serão forcados…diziam eles, também não é preciso fazer tanto mal ao animal, não é verdade?
Chegada a hora da actuação do nosso Grupo, o Cabo, e muito bem na minha opinião, escolheu para a cara do mastodonte o forcado Calhau, elemento este, que começa agora a andar para a frente e a querer mostrar serviço, deixando descansar essas 2 glorias, barbeleiro e cornaleiro, pois no fim-de-semana seguinte teríamos 2 corridas de grande importância, Sábado na Real Maestranza em Sevilha, frente a toiros da prestigiada ganadaria Miura, e no Domingo em Las Ventas frente a toiros também da conhecida ganadaria Vitorino Martin pela ocasião da féria de San Isidro.
Queríamos, e era obrigatório obter triunfo nesta garraiada, pois com um grupo deste “calibre” outra coisa não seria de esperar. Optámos então por fazer o “número”. Forcado sozinho na praça, frente a frente com o animal, uma espécie de mano a mano. Calhau citou com galhardia e arte, animou e mandou na investida, e depois recuou como mandam as regras, tocou um pianinho antes da reunião o q deu ainda mais ânimo á pega. Fechado na cara daquele elefante aguentou fortes derrotes mas sem nunca se largar. Um dos dois teria que ceder, Homem versus Cornudo, assim foi, depois de uma enorme batalha o cornudo viria a cair nas areias da Monumental. O grupo como num só, saltou a trincheira e ajuda de forma espectacular, aquela que viria a ser indiscutivelmente a pega da noite. A sorte foi rematada pelo nosso cernelheiro de serviço (Duarte Corte-Real), que neste caso se agarrou ao rabo do cornudo, e rabejou com mestria, como só ele sabe. Foi um sucesso, triunfo absoluto, o Campo Pequeno ia indo a baixo tal era a excitação do público. Como não poderia deixar de ser após enorme feito, começaram a “chover” convites para futuras corridas, do qual o cabo tomou nota, e obviamente viria a escolher as mais importantes, como por exemplo as televisionadas. Seguiram-se também fotografias, autógrafos, reportagens, e no fim, conferencia de imprensa. Terminada a Garraiada era hora de nos desfardarmos, e ir merecidamente festejar e espalhar magia para a gataria de novo na Monumental, pois a festa continuou até altas horas na arena ao som do nosso querido amigo, e membro honorário do Grupo “ Quinzinho de Portugal”: - Quim onde quer que estejas, que mais provavelmente deve ser em digressão, volta depressa para nos contemplares com as tuas famosas sortes de EMrrabejamento que só tu com arte sabes…
Fernando Santos Costa
PS: um agradecimento especial ao Francisco Calejo Pires que nos forneceu a casa e nos deu de jantar, á Anabela, Vítor e Pestana da associação, e especialmente aos 12 elementos que fizeram parte deste grupo, que alem de terem exemplarmente representado a nossa instituição, são fundamentalmente um grupo de amigos para o resto da vida…
Links: http://pedrocardoso.jimdo.com/campo_pequeno_3004.php
http://www.youtube.com/watch?v=nrpNm4ziiRc
5 comentários:
Queria deixar aqui os meus parabens ao cabo Nando, quer pela reportagem( que está extremamente engraçada e 100% correcta), quer por nos ter proporcionado uma noite linda, de festa e de divertimento para todos. Estás de parabens!!O meu obrigado e o desejo de que dias e festas destas se repitam!!
parece m que com esta conversa manhosa o duarte acabou de ganhar a confiança do cabo nando pa pegar na proxima garraiada... DUARTE REAL PRÁ CABEÇA DO ANIMAL!!!!
abr gui
p.s. alguem tem noticias do "boi"? acho que partiu uma parede com o sobrolho e acabou por se arranhar
malta... tou do melhor, levei 3 pontos no sobrolho... terça feira tiro os pontos! por isso pa semana ja posso jogar!
Um abraço
Duarte... obg por te ofereceres para forcado da cara, apesar de termos 2 glorias no nosso grupo (cornaleiro e barbeleiro), agarradores da cara nunca sao demais. Deposíto o teu voto de confiança, e desde já te prometo um cornudo na nossa proxima actuação. Enhorabuena torero
Abraço Cabo Nando
Grande texto Nando! Tens veia pra isto!
Grande pega do Calhau, que infelizmente não vi ao vivo por motivos de força maior (porra mais o Metro de Lisboa!).
Não me querendo armar em homem das teorias da conspiração, explico porque não foram atribuídos troféus e porque tenho a certeza que temos a melhor pega.
A Académica de Lisboa e a AEISA não têm as melhores relações actualmente (tenho muita culpa nisto). Então, para não darem o braço a torcer, decidiram não entregar o prémio de melhor pega, que muito justamente já morava em Agronomia.
Além disso acharam por bem não nos atribuir uma tasca. Essa tasca de certeza que facturava mais que as outras todas juntas, mas eles é que perdem!
Um grande bem haja a todos.
Vitor "Vitinho" Guimarãis
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